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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Chope da Itaipava


A cerveja popularmente consumida no Brasil é considerada, internacionalmente, de baixa qualidade por dois motivos: para manter os preços baixos, as cervejarias colocam muita água e utilizam cereais não maltados no processo de fabricação, como o arroz e o milho. Além disso, em terras tropicais a cerveja é consumida estupidamente gelada, o que anestesia as papilas gustativas e prejudica a percepção dos sabores.

Da próxima vez que você ver um comercial de cerveja dizendo que ela é leve, saiba que ela é aguada. Isso não quer dizer que não tenhamos boas cervejas, mas isso é assunto para outra postagem.

Foi essa a impressão que tive quando vi o chope da Itaipava num bar da Central. Nada contra a Itaipava, é a cerveja que levo para casa para beber no final de semana, mas ela realmente possui mais água que as outras mais tradicionais. O importante dessa história toda é que o chope é bom e, na boa, se você fizer um teste cego não vai perceber diferença entre o da Brahma.

Sabendo disso, a Ipaipava adotou alguns procedimentos para se diferenciar do chope da Ambev. O principal deles é a higienização realizada religiosamente toda semana pela própria equipe da cervejaria. O dono do bar me mostrou orgulhoso o selo onde é registrada a data da limpeza. Nos concorrentes, esse processo é por conta do comerciante que, como você deve imaginar, não é satisfatório. Outro procedimento é a preocupação com a data de vencimento do produto, sempre trocado para oferecer uma bebida fresca para o cliente. Talvez isso seja possível por conta do reduzido número de pontos de venda.

Resumindo: aprovei. Infelizmente o poder de barganha da Ambev é muito grande, que comercializa outros produtos com os PDVs. Se eu tiver possibilidade de escolher, escolherei Itaipava. Se alguém souber de algum lugar que venda na Ilha do Governador, favor me avisar.

Aproveitem o final de semana, abraços, Izidoro.

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