Final de semana passado assisti A Onda (Die Welle), filme alemão baseado em uma história real que aconteceu nos Estados Unidos em 1967. O bonequinho d’O Globo está dormindo, acusando o longa de usar efeitos dramáticos rasos para sentimentalizar a história, tentando, sem sucesso, pegar carona em filmes como Adeus, Lênin e Edukators.
Como sempre, não concordo com a crítica de Ruy Gardnier. Ele analisou o filme pelos seus recursos cinematográficos, mas eu enxerguei o filme por outro ângulo, como a contação de uma história que realmente aconteceu.
O filme foi “baseado em fatos reais”, mas gostaria de saber até que ponto a história contada no filme condiz com os tais “fatos reais”. Qual a porcentagem mínima necessária de verossimilhança para um filme poder estampar essa expressão na sua sinopse?
Lembro que há muitos anos participei de um seminário no auditório do Jornal O Globo sobre a adaptação de textos literários para outras linguagens, inclusive para o cinema, e um dos palestrantes falou sobre isso. Claro que não lembro o que foi dito, por isso procurei no Google rapidamente, mas nada achei.
O filme se passa durante as aulas de autocracia de uma escola secundarista alemã, em que os alunos afirmam que regimes totalitários como o Nazismo e o Fascismo não são mais possíveis de serem aplicados em sociedades que já experimentaram a democracia. O professor decide, então, passar um exercício para provar o contrário, que acaba ultrapassando os limites da sala de aula e assumindo sérias conseqüências.
Apesar da dúvida em saber até quem ponto a história é verdadeira, gostei de saber que os jovens alemães também enfrentam alguns dos mesmos questionamentos dos brasileiros: a não existência de um objetivo comum que una os jovens e o nacionalismo que só surge em épocas de Copa do Mundo.
Como sempre, não concordo com a crítica de Ruy Gardnier. Ele analisou o filme pelos seus recursos cinematográficos, mas eu enxerguei o filme por outro ângulo, como a contação de uma história que realmente aconteceu.
O filme foi “baseado em fatos reais”, mas gostaria de saber até que ponto a história contada no filme condiz com os tais “fatos reais”. Qual a porcentagem mínima necessária de verossimilhança para um filme poder estampar essa expressão na sua sinopse?
Lembro que há muitos anos participei de um seminário no auditório do Jornal O Globo sobre a adaptação de textos literários para outras linguagens, inclusive para o cinema, e um dos palestrantes falou sobre isso. Claro que não lembro o que foi dito, por isso procurei no Google rapidamente, mas nada achei.
O filme se passa durante as aulas de autocracia de uma escola secundarista alemã, em que os alunos afirmam que regimes totalitários como o Nazismo e o Fascismo não são mais possíveis de serem aplicados em sociedades que já experimentaram a democracia. O professor decide, então, passar um exercício para provar o contrário, que acaba ultrapassando os limites da sala de aula e assumindo sérias conseqüências.
Apesar da dúvida em saber até quem ponto a história é verdadeira, gostei de saber que os jovens alemães também enfrentam alguns dos mesmos questionamentos dos brasileiros: a não existência de um objetivo comum que una os jovens e o nacionalismo que só surge em épocas de Copa do Mundo.
Assunto espinhoso, por isso mesmo, importante. Grande Norton !
ResponderExcluirNão vi o filme, nada posso falar a respeito. Mas vi a cara do fascismo e ele estava vivo ! parafraseando Cazuza...
A definição oficial de fascismo vem da Itália, fascio, quer dizer, grupo em comum. No caso, foi um achado filosófico de uma besta fera chamada Benito Mussolini. Proclamando seu "facho" o melhor, derrotou os outros por imposição de haver sempre um melhor fascio no poder.
Que gostou da idéia foi o Hitler e logo estava criado o partido nacionalista alemão, sigla Nazi, daí, Nazismo ser uma variação do Fascismo italiano.
Historiadores entendem por fascismo o mesmo comportamento da tirania. Concordo. Fascismo para nós então é o governo que impõe um bem comum, que por continuidade histórica, se torna um mal a ser combatido. Por isso nasceu na Grécia, há dois mil anos, a Democracia, que na época era bem diferente de hoje, vejam bem...mas já proclamava que o bem comum deve ser uma decisão em comum.
No caso do século XX, italiano e alemão, eram apenas assassinos vingativos com competência de tomar o poder num momento que a Europa saía da primeira grande guerra, fudida, principalmente na Alemanha.
Então o povo combalido, mal nutrido e derrotado optou por um grupo que era eufórico, construidor, organizado, uniformizado, que enfrentava os ricos e os poderosos com determinação sanguinária.
Quando assumiram o poder, impuseram a ditadura, organizaram uma guerra de revanche, liquidaram os inimigos e criaram o maior reino de terror de toda a história. Se alguém quiser saber a profundidade do inferno, procure por hitler.
( continua ) ...
<p>O problema continua, neo-nazistas, neo-fascistas, terroristas, propagandistas, marketeiros eleitorais, todos aprenderam técnicas de tomar o poder com eles. Não há mais um governo fascista, mas há pessoas fascistas nos governos.
ResponderExcluir</p><p>
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</p><p>Então, vejamos:
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</p><p>Qual grupo no brasil é eufórico, organizado, uniformizado e pretende combater tudo com o fogo dos céus ?
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</p><p>Como se comporta o Nosso Estado, seja ele prefeitura, estado ou federal ?
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</p><p>Existe mesmo democracia ?
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</p><p>Noah Chomski é um intelectual, linguista, americano, dos meus preferidos. Ele diz que a pior forma de tirania nos dias de hoje é a Mídia. Temos um Bispo na Mídia. Ou seja, que ambiente havia na mídia brasileira para atrair um legítimo fascista ?
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</p><p>Deixo aqui as questões, não tenho nem certeza nem resposta.
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</p><p>VLW !!
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</p><p>PS.: Mas eu via cara do fascismo e ele estava vivo !
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Grande Gógol,
ResponderExcluirAntes de tudo, obrigado pela aula de história. É sempre bom contar com seus comentários que ajudam a esclarecer as postagens.
Só não concordo que a pior tipo de ditadura atual seja a mídia. O poder das grandes corporações é a pior forma de ditadura. Estou com uma postagem quase pronta sobre isso, continue acompanhando o Ilhados que explico melhor.
Abraços, Izidoro.
Eu assisti a esse filme. A idéia é muito boa, mas achei um pouco mal-executado. O impressionante são as estratégias da tal "autocracia" para angariar jovens e ver como a lavagem cerebral ainda pode ser feita, ainda mais em uma sociedade como a nossa. É importante ressaltar também que algumas pessoas, alguns alunos, negam aquilo e não concordam. Mas, na minha opinião, "Adeus, Lênin" e "Edukators" são bem melhores.
ResponderExcluirPois é, acho que nunca estaremos livres de regimes como esse. O filme é bom, mas também prefiro "Adeus, Lênin" e "Edukators".
ResponderExcluirAbraços.