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sábado, 31 de outubro de 2009

É arte?

Sou freqüentador assíduo de museus, teatros, exposições, festivais e livrarias. Tenho que banda larga que me permite baixar os mais diversos filmes e seriados. Tenho uma vida cultural um pouco mais ativa que a grande maioria dos brasileiros. O que isso quer dizer? Nada, mas toda essa vivência ainda não foi suficiente para me dar uma visão clara do significado da arte.

Quem nunca entendeu um quadro que pareceu ter sido pintado por uma macaco e que muita gente dizia ser é arte? Isso acontece com certa freqüência.

Há pouco tempo o New York Times colocou um famoso violinista tocando seu stradivarius na porta de uma estação de metrô, cuja apresentação no dia anterior teve o ingresso mais barato custando cem dólares. Conseguiu apenas alguns trocados e poucos transeuntes pararam para assistir.

Certa vez um artista plástico levou uma socialyte ao seu ateliê. Uma das salas do estava em reforma e tinha uma extintor de incêndio no canto. Sabe qual foi a obra de arte que ela mais gostou? O extintor.

Lembro de muitos outros casos, mas os exemplos acima servem para ilustrar que a apreciação artística depende do contexto. Qualquer coisa dentro de um aparelho cultural socialmente aceito como tal vira arte.
Quando recebi da minha digníssima a notícia que a Hortifruti iria abrir uma exposição contando a história de suas peças publicitárias, nossa reação foi a mesma: vamos marcar para assistir. Já até fiz uma postagem aqui mostrando algumas peças.

A exposição está na estação Carioca do metrô. Só faltou mencionar a agência responsável: MP Publicidade.

É arte? Não sei. Mas não importa.

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