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sábado, 31 de outubro de 2009

É arte?

Sou freqüentador assíduo de museus, teatros, exposições, festivais e livrarias. Tenho que banda larga que me permite baixar os mais diversos filmes e seriados. Tenho uma vida cultural um pouco mais ativa que a grande maioria dos brasileiros. O que isso quer dizer? Nada, mas toda essa vivência ainda não foi suficiente para me dar uma visão clara do significado da arte.

Quem nunca entendeu um quadro que pareceu ter sido pintado por uma macaco e que muita gente dizia ser é arte? Isso acontece com certa freqüência.

Há pouco tempo o New York Times colocou um famoso violinista tocando seu stradivarius na porta de uma estação de metrô, cuja apresentação no dia anterior teve o ingresso mais barato custando cem dólares. Conseguiu apenas alguns trocados e poucos transeuntes pararam para assistir.

Certa vez um artista plástico levou uma socialyte ao seu ateliê. Uma das salas do estava em reforma e tinha uma extintor de incêndio no canto. Sabe qual foi a obra de arte que ela mais gostou? O extintor.

Lembro de muitos outros casos, mas os exemplos acima servem para ilustrar que a apreciação artística depende do contexto. Qualquer coisa dentro de um aparelho cultural socialmente aceito como tal vira arte.
Quando recebi da minha digníssima a notícia que a Hortifruti iria abrir uma exposição contando a história de suas peças publicitárias, nossa reação foi a mesma: vamos marcar para assistir. Já até fiz uma postagem aqui mostrando algumas peças.

A exposição está na estação Carioca do metrô. Só faltou mencionar a agência responsável: MP Publicidade.

É arte? Não sei. Mas não importa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Guerra do Iraque e Sérgio Vieira de Melo

Há algum tempo que quero fazer alguns comentários sobre a guerra do Iraque e o funcionário brasileiro da ONU, Sério Vieira de Mello:

O alvo

O Oriente Médio era a nova fronteira para o neoliberalismo estadunidense. Depois de conquistar mercados na América Latina (a partir da década de 70), Europa Oriental, África do Sul e Ásia (final da década de 80 e anos 90), os países árabes seriam os próximos a serem conquistados.

Mas por onde começar? Uma pesquisa de mercado foi feita para descobrir qual o melhor país a ser invadido e qual motivo teria maior aceitação pela opinião pública e pela população dos Estados Unidos. O resultado: a produção de armas de destruição em massa do Iraque. Tomo mundo sabe que essas armas nunca foram achadas.

A pré-invasão

A guerra midiática começou antes da invasão. Programas estadunidenses mostravam para a população as mais recentes tecnologias de guerra, reportagens revelavam o quão mal era Saddan e seu regime, preparando a opinião pública para o apoio à guerra e amedontrar os iraquianos, que recebiam as notícias através de parentes que moravam no exterior e antenas parabólicas.

A invasão

Os primeiros ataques foram direcionados para empresas de comunicação, como telefonia, rádio e TV. Depois as empresas de energia elétrica, deixando a população no escuro.

A ocupação

Esse é o maior problema. Vou tentar resumir em tópicos:

- As leis e, inclusive, a Constituição para o novo país foram feitas pelo governo dos Estados Unidos, sem participação dos iraquianos;

- Todas as estatais foram vendidas para empresas estadunidenses a preço de banana, que demitiram milhares de funcionários;

- As empresas iraquianas não participaram do processo de reconstrução;

- Até os trabalhadores na reconstrução eram estrangeiros, o número de nativos contratados foi muito pequeno;

- Empreiteiras estadunidenses que receberam bilhões de dólares para construção de escolas, hospitais, residências e outras instalações não completaram o trabalho, o dinheiro foi desviado e as poucas construções que saíram do papel estavam inacabadas;

- Milhares de funcionários públicos iraquianos foram demitidos (soldados do exército, médicos, professores, engenheiros, operários etc);

- Eleições distritais foram canceladas pelo exército de ocupação; entre muitos outros atos de barbárie.

Ou seja: as riquezas iraquianas estavam sendo saqueadas enquanto a população passava fome.

Claro que protestos começaram a surgir, tentando acabar com essa festa. Os protestos pacíficos nas portas da Zona Verde não surtiram efeitos, então começou a resistência armada.

Soldados demitidos levaram suas armas para casa e uma massa de desempregados sem perspectivas iniciou a tentativa de frustrar a farra dos Estados Unidos. Uma seqüência de prisões arbitrárias, torturas e assassinatos contra toda a população iraquiana, que fazia parte da resistência ou não, tentou calar a todos para que os saques estrangeiros continuassem.

O ONU, como sempre, não moveu uma palha para acabar com essa pilhagem. Sempre se colocou do lado da ocupação e seus métodos bárbaros.

Um belo dia, uma bomba explode na sede da ONU em Bagdá e mata um brasileiro, o Sérgio Vieira de Mello, que, mais rápido do que um ex Big Brother, vira herói no Brasil.

Chegamos ao ponto da história que eu quero comentar.

Depois de uma reportagem no Jornal Nacional, Sérgio Vieira de Mello vira herói. A ONU eu conheço, sei que é apenas mais um braço para impor políticas neoliberais ao redor do mundo.

Acho impressionante como as pessoas absorvem qualquer notícia que passa no JN. Não conheço o Sérgio, mas com certeza alguém comprometido com a paz mundial não trabalha na ONU. E é essa imagem que a população brasileira tem desse filho do gigante deitado em berço esplêndido: um embaixador da paz no Iraque.

Assim como eu não conheço o Sérgio, não sei o que ele fez, o resto da população brasileira que o reconhece como um ser santo também não conhece.

Resumindo a história: para virar herói, santo, guerreiro da democracia e da paz, basta aparecer no Jornal Nacional como tal.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bananal - 1964

Foto do ponto final do 634 (Bananal), tirada em 1964.

Fonte.

Ponta Pé

O destino de todo lugar pequeno e cheio de personalidade, quando fica famoso, parece ser o mesmo: crescer e perder todo o charme. Foi o que aconteceu com o bar Ponta Pé, na Ribeira.

O bar agora está localizado numa antiga casa na praça, em frente ao Canto do Periquito. Fui lá no sábado, fiquei 5 minutos e saí. Um grupo de pagode da pior "catigoria" e som em um volume que tornava qualquer conversa impossível tornava o lugar insuportável.

O lugar é enorme, com muitas mesas no quintal e dentro da casa. Assim como tudo na Ribeira, certa hora da noite fica uma fila de gente esperando vagar mesa.

Acabamos em um daqueles quiosques que ficam no muro da antiga estação das barcas, com uma comidinha muito honesta e preço camarada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tip e Tap: Ratos de Sapato

Foi com muito orgulho que assisti neste final de semana o espetáculo Tip e Tap: Ratos de Sapato, com minha digníssima no elenco.
Musical infantil da melhor qualidade, diversão de alto nível para crianças.
Sábados e domingos às 17h
Teatro das Artes - Shopping da Gávea
Direção: Ronaldo Tasso
Texto: Vinícius Márquez
Letra e Música: Tim Rescala

Natal Sem Fome dos Sonhos

Natal Sem Fome dos SonhosAmigos,

Compareçam ao lançamento da campanha Natal Sem Fome dos Sonhos 2009, dia 29 de outubro na Cinelândia.

Divulguem, convidem seus amigos, escrevam em seus blogs e twitters, ajudem a divugar!

A melhor comida do mundo

Estava refletindo outro dia sobre qual seria o melhor prato que já comi. Qual foi a comida (opa!) mais gostosa que já adentrou esta nobre boca, de lábios sensuais e ardentes, com uma língua lasciva capaz de enlouquecer a mais pudica das freiras.

Cheguei à algumas conclusões:

O estado de espírito em que nos encontramos quando fazemos qualquer coisa influencia nossa percepção. Quando estamos felizes, naturalmente tendemos a achar tudo mais bonito e gostoso, assim como quando estamos tristes, tudo fica mais cinza e sem graça. Por mais evoluído que seja nosso aparato técnico para fazer uma análise que exclua qualquer critério subjetivo, sempre seremos influenciados pelas emoções.

Diante disso, listo abaixo as duas melhores refeições que costumo fazer, que empataram no primeiro lugar, e a segunda colocada:

Almoço de domingo da minha mãe. Dispensa outros comentários, minha digníssima progenitora manda muito bem na cozinha e adoro os cozidos, panquecas, carnes assadas, feijão e tudo mais que ela faz, além das sobremesas. Sem falar na família reunida.

Dividindo o primeiro lugar estão os almoços que faço com minha digníssima nos finais de semana. Acordamos na hora que dá vontade, vamos à feira, comemos pastéis e bolinhos de camarão, compramos legumes e demais ingredientes para a refeição. Chegamos em casa e começamos o preparo sem pressa, sempre acompanhado de cerveja, vinho, cachaça ou caipirinha de maracujá.

Quando o prato é feijão, eu compro as carnes no dia anterior e as preparo. A salada fazemos em conjunto, sempre com folhas frescas e diversas.

Minha digníssima é uma palhaça, sempre damos muitas gargalhadas durante todo esse processo. É óbvio que o resultado é sempre maravilhoso, já que todo o preparo é muito divertido.

No segundo lugar entre os melhores pratos que já comi está uma feijoada de frutos do mar em Macaé. Trabalhei numa empresa que prestava serviços para a Telemar e fiquei quarenta dias nesta cidade. Os operários que também trabalhavam no projeto descobriram esse restaurante familiar, com mesas de ferro enferrujadas, tijolos aparentes nas paredes, talheres simples e afastado do Centro. Pertencia a uma família que pescava durante o dia e preparava os pratos à noite.

A feijoada, com feijão branco e ainda borbulhante, chegou à mesa numa panela de barro. O arroz era servido a vontade, sem restrição de quantidade. Era completa, com polvo, diversos tipos de peixe, grandes camarões, mexilhão e outras iguarias marinhas. Espetacular e muito, muito barato. Não lembro valores, isso foi em 2001, mas o preço era muito inferior ao cobrado pelos bares da orla da praia de Cavalheiros.

E você, leitor, qual foi sua melhor comida?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Santo Isidoro

Meu nome, Izidoro, é o nome do Santo Padroeiro da internet. Não, meu caro leitor, você não se enganou. Realmente existe um santo padroeiro para a rede mundial de putaria, com oração para antes de conectar e tudo:

Oração para Antes de Se Conectar à Internet

Deus eterno e todo poderoso,
que nos criou à sua imagem e semelhança
e nos fez procurar tudo que é bom, verdadeiro e belo,
especialmente na divina pessoa
de Seu Filho unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo,
permita-nos que,
através da intercessão de Santo Isidoro, bispo e doutor,
durante nossas jornadas pela Internet
nós dirijamos nossas mãos e olhos
apenas ao que é agradável a Vós
e tratemos com caridade e paciência
todas as almas que encontremos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.

Duvida? Veja in loco.

Santo Isidoro de Sevilha (o dele é com "S") foi um grande erudito de sua época. Seu dia é comemorado em 4 de abril.

Essa Igreja Católica me mata de rir.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Virando o Jogo

Ontem fui assistir ao espetáculo Virando o Jogo, dos meus amigos Enildo Delatorre e Gilson de Barros. Desnecessário dizer que gostei muito, morri de rir.

Apesar de ser um assunto que já estamos cansados de ouvir, a importância dos exercícios físicos e uma alimentação equilibrada, o grupo, composto em sua maior parte por servidores do judiciário, não deixa a desejar diverte a todos.

Está em cartaz no Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do RJ, na Travessa do Paço, 23, 13º andar, entre o Palácio do Paço Imperial e o Tribunal de Justiça.

Toda terça às 19h30. Custa R$10,00.

Sinopse:

VIRANDO O JOGO conta a estória de Luiz Cláudio, um homem comum, que consegue passar num concurso público e casa-se com a mulher que ama. Seus problemas começam quando, estabilizado, feliz, ele relaxa com seu corpo e engorda demais. Fica completamente fora de forma, obeso. Várias doenças lhe afetam. Vai num médico, que aconselha, entre outras coisas, dieta e a prática de exercícios regulares. Ele resiste, mas, segue as orientações. Os resultados são surpreendentes. Feliz, ele participa da corrida rústica anual. Chega em 887º lugar, mas se sente um campeão. Virou o jogo de sua própria vida.

Tudo é contado sob forma de comédia para falar desse tema que é considerado epidemia mundial, o sedentarismo e a obesidade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rádio Intertop

Estou lendo o livro Dosiê Gabeira, uma entrevista com o dito cujo que conta coisas até então mantidas em segredo. O que ele já passou e fez é impressionante, me deixou pensando sobre o que venho fazendo da minha vida: nada.

Meus amigos também estão construindo grandes coisas, todos eles possuem algum talento: minha digníssima é uma excelente atriz, o Rodrigo é uma enciclopédia musical e toca muito sua guitarra, Stefania canta maravilhosamente bem e sabe tudo sobre operação de áudio, o Júnior tem talento para fotografia, Carcará para pintura e ilustração, Léo para poesia, o Beto... bem, o Beto não serve para porra nenhuma, mas tem bom coração. Ele e eu somos os únicos imprestáveis e sem perspectiva.

O Gribel, garoto tijucano, é um empreendedor nato. Se não virar diretor da Globo Sat, um dia será dono do seu próprio conglomerado de comunicação. E já começou com uma web rádio, a Intertop.

Eu estava até pensando em fazer faculdade de jornalismo para depois mandar meu currículo para ele, mas, assim como o Beto, diploma de jornalismo não serve nem para limpar a bunda. Pelo menos a minha, que tem muitos pelos e exige uma grande quantidade de folhas. Dizem as más línguas que minha bunda fica em terceiro lugar no ranking dos maiores responsáveis pelo efeito estufa, visto a quantidade de árvores que são cortadas para produzir o papel necessário para limpeza. Povinho maledicente.

Para fazer uma higienização decente eu teria que fazer mais duas faculdades igualmente imprestáveis para utilizar seus diplomas, alguma coisa como belas artes ou qualquer curso da Estácio de Sá.

O fato é que meus leitores podem ouvir a Intertop diretamente no Ilhados, clicando no play no tocador que fica na barra lateral deste blog, no alto da página.

O grande barato é o programa que o próprio Gribel faz com o Júnior. Não, caro leitor. O Gribel não faz esse tipo de programa que sua mente libidinosa está pensando. Estou falando do Safadasso. Todo sábado, das 22 às 0h. É ao vivo e pode ser acompanhado em vídeo, e o ouvinte pode também participar via Skype ou no chat.

Este sábado ele receberá a capa da Playboy Juliana Alves, que ficou nua / sem roupa / pelada para um fotógrafo sortudo. É claro que vou tentar participar, levando perguntas um tanto quanto... deixa pra lá.

Até sábado.

* O Beto, ao contrário do que foi noticiado aqui, sabe tudo sobre literatura e mente como ninguém. O problema é que só ele acredita nas mentiras. Isso faz de mim o único imprestável do grupo.

O grego

A professora pergunta para a classe:

-Alguém pode me dizer qual o nome do filósofo grego autor da emblemática frase: "Só sei que nada sei"?

E o Joãozinho gritou:

-Puuuuta que ooo pariuuuu!!! professora, não vai me dizer que o Lula, além de tudo, é grego?!?!?

Quero deixar claro que sempre votei no Lula e votaria nele novamente, mas a piada é boa.

Recebi por e-mail da minha dignissíma.

sábado, 17 de outubro de 2009

Roberto Carlos Em Detalhes

Qualquer pereba com conexão à internet hoje em dia sabe que é impossível proibir a livre circulação de informações. Quando um vídeo é publicado no Youtube, não há liminar da justiça que impeça que as pessoas assistam. Quase que instantaneamente o vídeo é replicado, baixado, repassado e visto por milhões de pessoas. Vide caso da Daniela Cicarelli.

Outro dia lembrei do caso em que Roberto Carlos proibiu a circulação de uma biografia não autorizada, o Roberto Carlos Em Detalhes. Muito difícil de engolir, um artista que sofreu com a repressão da ditadura (tá bom, ele não sofreu tanto assim. Um iê iê iê não incomodava tanto a ditadura) censura um livro. Completamente inadmissível alguém censurar um livro.

Enfim, essa postagem é para manifestar meu repúdio, ainda que tardio, a essa decisão do "rei", e falar o quanto essa decisão foi inútil, porque, no Google, qualquer um pode fazer o download gratuitamente do livro "Roberto Carlos Em Detalhes".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Paranapuã

Outro dia li uma reportagem que mostrava que quase a totalidade das reclamações para as empresas de ônibus referem-se aos motoristas. O estado precário dos ônibus (vide a Paranapuã) e os horários incertos são pouco citados.

Não sei se esses dados são verdadeiros, principalmente se tratando das empresas que atendem a Ilha do Governador, como a Paranapuã, que trata os passageiros como gado, com exacerbada falta de respeito e serviços de péssima qualidade. Já comentei aqui em duas postagens (1 e 2).

Há muito tempo fiz uma reclamação direto com a ouvidoria da prefeitura. Um frescão sem ar-condicionado que acabava funcionando como uma sauna. Todo dia pegava o mesmo ônibus e saía dele ensopado de suor. Para minha surpresa recebi um retorno da ouvidoria, mas disse que não constataram nenhuma irregularidade. Das duas, uma: ou não fizeram averiguação porra nenhuma ou receberam um trocadinho para ficarem quietos.

Ontem resolvi reclamar novamente, desta vez com a empresa. O motorista sempre passa por fora do ponto, deixando as pessoas com os braços estendidos. Liguei para a Paranapuã e reclamei com o Wellington, que se mostrou muito prestativo e com vontade de verificar o ocorrido. Pediu para que ligasse novamente no momento da ocorrência, assim ele poderia enviar uma advertência para o motorista tão logo chegasse no ponto final. A advertência vem em forma de suspensão de três dias e demissão em caso de reincidência.

Você, amigo insulano, que é tratado dessa forma, não deixe de ligar: Telefone de reclamações da Paranapuã - 3501-4029.

Se não resolverem, fale com a ouvidoria da prefeitura.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Almoço Mais Você

A ONG Mãos Solidárias, que atua na Ilha do Governador, realiza todo ano o Almoço Mais Você, que visa arrecadar fundos para compra de brinquedos que são distribuídos para crianças de comunidades pobres no bairro.

Ano passado eu fui neste almoço e é maravilhoso, feito por uma equipe do Programa Mais Você, da Ana Maria Braga, e diversos voluntários.

Este ano será realizado dia 21 de novembro e a instituição já está captando apoiadores. Você, empresário da Ilha ou adjacências, que queira associar o nome de sua empresa a um evento social e a um trabalho sério no bairro, deixe um comentário que enviarei o media kit com as cotas de patrocínio, com direito a banner, cartazes, carro de som, mailing list entre outras contrapartidas.

Faça alguma coisa pelo seu bairro.

Abraços a todos, Izidoro.

domingo, 11 de outubro de 2009

I Festival do Acarajé da Baiana Ciça

É com grande satisfação que anuncio o I Festival de Acarajé da Baiana Ciça, dia 23 de outubro.

Mais informações no site: www.superamarelas.com/cica-acaraje

Leia a postagem do Ilhados sobre a Ciça e não deixe de assistir o vídeo abaixo.

sábado, 10 de outubro de 2009

Sem Graça da Vila - parte II

Há algum tempo escrevi sobre o Graça da Vila, na Rua Cambaúba, contando o quanto eu não gosto do serviço de lá. Algumas pessoas postaram comentários dizendo que era um absurdo eu escrever tais coisas, que eu queria estragar o trabalho dos outros, que sempre foram bem atendidos, a comida é boa blá blá blá.

Não gosto de ir, mas infelizmente algumas pessoas insistem em se encontrar lá. Ontem minha digníssima foi ver algumas amigas e teve uma pequena surpresa. No fundo da bandeja de batata frita tinha uma cabeça de camarão. Adivinha qual a compensação que eles queriam dar: outra porção de batata. Claro que ela não aceitou, já que o brinde da vez poderia ser um olho de peixe.

Isso mostra o zelo com que eles tratam os clientes.

Não é possível que seja só comigo. Ser mal atendido uma vez eu até aceito, mas várias vezes não dá.

Isso sem falar no uniforme dos funcionários. Alguns garçons são magros e o uniforme é maior do que deveria ser, os coitados ficam parecidos com aqueles monges que cortam os cabelos de mendigos no Largo da Carioca.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mariane Guerra - Voz

Videoclipe da música Voz, da artista insulana Mariane Guerra:



Artista: Mariane Guerra
Música: Voz
Direção: Daniel Gomes
Produção: Red 1 Filmes / Hugo Bhering / Roberta Paraguassú

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Banda Santafé

Ontem recebi uma agradável ligação da minha amiga e grande artista Mariane Guerra, pedindo para ouvir o som da Banda Santafé, que fará um show no La Playa, Ilha do Governador, no dia 14, próxima quarta.

Entrei na página deles no MySpace e realmente o som é muito bom. Fico muito feliz em conhecer bandas como a Santafé. Queria colocar os players das músicas aqui mas não achei essa opção, mas, se você gosta de música, não deixe de conhecer mais esse ótimo grupo.

Fica aqui a sugestão: show da Banda Santafé, dia 14 de outubro, no La Playa.



Atualização: segue comentário feito pelo Alex sobre a Banda Santafé:

Também gostei de primeira ! Fernando Holanda é músico e professor muito sagaz e dono de um ouvido cerebral. Achou um parceiro fenomenal nas letras, Márcio, e um mestre de produção musical, profissional de primeira, com um nome prá lá de sonoro, Repôlho.
E o Márcio, que grata surpresa ! Ele foi meu amigo de infância e vizinho na Travessa, em Meriti, a nossa ruazinha, com campinho, casas com cadeira na calçada no fim de tarde calorento da baixada.

Foi no tempo que infância na rua tinha um significado melhor. O progresso do Rio nos espantou de lá.

O Márcio reencontrei mil anos depois na casa da Márcia, a irmã gêmea dele e nem dizia-se compositor, de tão tímido. Isso há uns 4 anos...

E agora o cara é o Gonzaguinha da nova geração ! As letras são de uma simplicidade profunda, vai ser popular sem jamais ser vazio ou clichê. Tem a tradição de versos do samba, verdades no final da frase, como uma luz que pisca e acende na nossa consciência. É engraçado e emociona.
E a opção de falar pelo povo é fruto da realidade que ele vê, vive e sente desde que abriu os olhos. Marcinho é poeta de mão cheia..

vida longa ao Santa Fé !

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Kareka's no Globo Ilha

O Kareka's Lanches, lugar que freqüento muito, possuidor da cerveja mais gelada da Ilha do Governador, saiu no Globo Ilha.

Veja a matéria aqui.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sheol no Nectar

Sheol
17 de Outubro, 22 horas
Nectar - Estrada dos Bandeirantes, 22.774
Informações: 9490-3183 / 9308-1949

Direção: Marcelo Marrakett
Criação: Marcelo Marrakett e Beto Garcia

É longe, mas eu vou. Minha digníssima está no elenco.

sábado, 3 de outubro de 2009

Spaguettilândia e pagode de rua

Um dos meus lugares favoritos para beber no centro da cidade é a Spaguettilândia. Fica numa daquelas ruas transversais a Álvaro Alvim, atrás da Cinelândia. É uma casa de massas que tem trocentos anos, com um ótimo buteco do lado de fora e mesas espalhadas pela rua. Não deixe de almoçar um espaguete quando estiver por aquelas bandas, o preço é honesto.

Descobri recentemente a importância que o lugar tem para o cinema brasileiro. Ler a história do cinema brazuca é ler sobre o Cinema Novo, Glauber Rocha e companhia. As pornochanchadas são apenas citadas rapidamente, como sendo obras populares e sem valor estético.

As pornochanchadas foram importantíssimas para o cinema nacional, eram esses filmes que levavam a massa às salas. Se alguém escrevesse a história do cinema brasileiro pela ótica do público, o Cinema Novo estaria renegado a poucos parágrafos, já que poucos pessoas curtiam os cinemanovistas.

O esquema de distribuição dos filmes naquela época (década de 70, início da 80) era muito diferente. A Cinelândia possui esse nome por conta do alto número de cinemas que eram abrigados ali (agora só existe um, o Palácio fechou recentemente), por isso os escritórios de muitos produtores (não raro eram também diretores) ficavam na rua Álvaro Alvim. Eles negociavam diretamente com os donos das salas a exibição. Muitas vezes o filme nem estava pronto, os dois conversavam, produtor e exibidor, e caso se chegassem a um termo comum, o produtor recebia uma promessa de pagamento.

Agora o esquema é outro. Os cinemas não são mais independentes, duas grandes redes possuem quase todos as salas do país.

Mas o fato é que a Spaguettilândia recebia todo esse povo em suas mesas, roteiritas com seus textos embaixo dos braços, diretores e técnicos que discutiam ali os próximos projetos. Muito do cinema brasileiro surgiu ali, muitas idéias foram concebidas e ganharam corpo entre cervejas servidas por garçons trabalham lá até hoje.

Depois de descobrir isso passei a gostar ainda mais de lá. Recomendo a todos que assistam o documentário O Galante Rei da Boca (facilmente baixável), que conta um pouco essa história.

Enfim, outro dia lá estava eu, na Spaguettilândia, degustando uma deliciosa cerveja gelada em um encontro em família que não lembro a última vez que aconteceu igual, quando apareceu um desses grupos de pagode que vão passando de bar em bar enxendo o saco das pessoas. Como já tinha pensado em documentar mais essa manifestação cultural, puxei minha máquina e gravei alguns segundos:



Reparem como o grupo percebe que estou filmando e fazem caras e bocas. Deve ser por isso que eles ficaram putos porque não dei nenhum dinheiro.

Na boa? Acho isso insuportável, música ruim que impede a continuidade de uma conversa agradável. Mas faz parte da cidade e acho que sentiria saudade caso algum dia eles deixem de passar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brasil Rural Contemporâneo

Excelente evento, simplesmente excelente.

Já reservei dinheiro para comprar queijos e cachaças. Feira barata, em um lugar muito bonito, shows e apresentações culturais.

Não deixe de visitar.