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domingo, 31 de janeiro de 2010

Avatar 3D


Parte da crítica exaltou, dizendo que Avatar iniciou uma nova fase do cinema mundial. Todos os comentários que li e ouvi afirmavam que assistir o filme era uma experiência única. Claro que fiquei curioso.

Nunca tinha visto um filme em 3D. Nenhum título já lançado, na maioria infantis e de terror B, despertou meu interesse, então vi no Avatar uma ótima oportunidade para saber como é essa experiência que todos estavam comentando, queria saber se é isso tudo mesmo. Não é.

Meu único interesse era ver as coisas saltando da tela. Assistiria o filme da Xuxa caso houvesse muitos efeitos desses. Como leigo que sou, identifiquei duas categorias principais dos efeitos em três dimensões. As nomenclaturas que você vai ler abaixo foram eu que criei. Obviamente devem existir nomes técnicos para isso.

Profundidade para dentro

O título é auto-explicativo, existe uma profundidade na tela durante todo o filme. Além disso, os objetos ganham cores mais fortes e vibrantes, ainda mais em Avatar, que se passa num planeta com muitos animais exóticos e plantas florescentes. Me senti nos anos 60, quando jovens tomavam psicotrópicos e iam ao cinema. Só isso é muito bacana, mas é muito pouco diante do que é possível fazer.

Profundidade para fora

O verdadeiro 3D, quando coisas saltam para fora da tela. Esse efeito em Avatar quase não existe, muito raramente passa o cano de uma arma, a ponta de uma flecha ou um galho de árvore desfocado. Decepcionante. Aquela imagem de divulgação veiculada nos jornais, com um dragão azul saindo da tela e indo em direção ao público, não acontece. Pura falácia.

Toy Story será relançado em três dimensões e no o trailer de poucos segundos é exibido mais imagens nessa categoria do que todo o Avatar. 

O Léo assistiu Força G e disse que a tela não existe limite entre o que é realidade ou filme. Ele exagerou absurdamente, os efeitos só acontecem dentro dos limites da tela, conforme desenho abaixo que fiz no paint:


Não sei se fui claro, mas mesmo os efeitos de profundidade para fora, em que coisas saltam, só acontecem dentro da área da tela.

Resumindo: se você quer assistir um ótimo filme com excelentes efeitos em duas dimensões, um cinema comum irá atender suas expectativas. Agora, se você quer ver efeitos em três dimensões de verdade, é melhor esperar Toy Story.

Adendo: o Cinema Leblon fica ao lado da Casa Clipper, bar original que deu origem à filial na Ilha do Governador. É um dos botequins mais famosos do Rio de Janeiro, presente em diversos guias e roteiros da cidade. Como tinha dez minutos, resolvi beber um chope para saber se, assim como Avatar, merecia a fama. Também não merecia. Servido em copo de suco e tirado de qualquer jeito, o chope é muito triste, como tem se tornado comum nos bares do Rio.

3 comentários:

  1. Olá! Fui assistir a Avatar também com grande expectativa. Já tinha visto um filme em 3D, mas como ese foi o filme mais caro dos últimos tempos e como tanto se falou sobre ele, tava naquela ansiedade, e, cá entre nós, grande decepção... Vc tem toda razão, o 3D é mal-utilizado e esse filme vê-se mt bem da maneira normal. Quanto ao roteiro, já estava esperando algo estúpido, mas foi mt mais estúpido do que eu imaginava.. Mas o pior de tudo é que a história de amor não convence em momento algum. É um fiasco. Ô James Cameron, prefiro o Jack e a Rose...

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  2. Olá,

    Também fui assistir só por causa do falatório em torno do filme, mas é muito oba oba por nada.

    Não achei o roteiro tão ruim, mas não é original. É uma historinha batida, tipo O Último Samurai, Dança com Lobos e tantos outros.

    Beijos.

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