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sábado, 5 de junho de 2010

Exposição Einstein

Semana passada um amigo estava lamentando o fato de ainda não ter ido à exposição do Einstein, no Museu Histórico Nacional. Disse que ouviu falar que estava muito boa, interativa e com recursos visuais impressionantes. Ontem, depois do convite de uma amiga, que relatou mais ou menos a mesma coisa, fui.

Decepcionante. Vinte reais que nunca mais terei de volta. A exposição é quase que toda feita apenas com painéis com textos e fotos, nada que vinte minutos na internet não resolvesse. Um ou outro monitor mostrava uma animação que tentava explicar alguma teoria do cientista e um filme "3D" safado de cinco minutos no final.


O que me deixou mais revoltado foram as cópias de manuscritos e outros documentos de Einstein expostos como se fossem originais, quando na verdade não passavam de imitações baratas. A única indicação de que não eram verdadeiros estava no pobre folder, onde lia-se: "fac-símiles de manuscritos raros". Minha amiga não sabia que fac-símiles é um eufemismo para xérox,  e obviamente a maioria do incauto público saiu de lá achando que eram originais. 

Infelizmente parece que esta é uma prática comum nos museus. Fui ver os Pergaminhos do Mar Morto, também no Histórico Nacional, em 2004, e dos 10 pergaminhos expostos apenas dois eram originais, mas em nenhum lugar a curadoria explicou quais eram. Fiquei sabendo pelo release do Rio Show. Não faz o menor sentido sair de casa para olhar réplicas de qualquer coisa, tremenda falta de respeito com o público. Não sei se no exterior essa prática também é adotada. #putafaltadesacanagem.

O que mais gostei foram os quadros do Guto Lacaz, artista sobre o qual já comentei nesta postagem.

Este é o último final de semana. Se você ainda não foi, sorte sua.

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