Uma coisa que não sou é consumista. Consigo pegar as coisas dentro da minha mochila sem precisar abrí-la, tamanho o rombo que a coistada tem. Minhas roupas estão desbotadas e estou andando de calça jeans neste calor porque minhas bermudas sumiram e ainda não comprei outras. A única coisa que não faço cerimônia em gastar é livro. Compro sempre, apesar dos altos preços.
Outra prova que não costumo sair consumindo, mesmo de graça: o período de fidelidade do meu plano de celular esgotou em agosto, por isso tenho direito de pegar outro aparelho gratuitamente. Como o meu ainda está bom, não fiz uso deste direito, apesar do valor incluso na conta. Meu celular tem quatro anos e não tira fotografia, e isso ontem fez uma tremenda falta, conforme conto abaixo.
Tem coisa que não dá para explicar com palavras, por isso a falta que um aparelho portátil de fotografia está me fazendo. Por mais que eu dê detalhes e faça uso de todo o meu parco talento na escrita, ainda assim não seria suficiente para dar a dimensão da visão das costelas assadas girando na rôtissoire do Amigos do Tauá. Um buteco bem pé-sujo, esquina da Rua Capanema com a Professor Hilarião da Rocha, perto do Pastel de Jacaré.
Lugar bem tradicional, com velhinhos jogando cartas e famílias comprando carne assada para o almoço. Além da costela de boi, tem de porco, linguiça, copa lombo entre outras peças. O quilo custa trinta reais e vem uma farofinha e salada de feijão como acompanhamento, também deliciosas. Fui com o Léo e um pratinho para duas pessoas beliscarem com cerveja gelada custa uns R$10,00, preço de uma porção de batata frita por aí. Claro que não ficamos só com um pratinho, no final da tarde consumimos quase um quilo de peças diversas. Simplesmente sensacional, a carne se desmancha na boca.
Quem também aproveita a fartura são os cachorros da rua, vistos com enormes ossos nas bocas. Essa dieta deixa os dentes dos animais mais limpos que muitos bichos com residência fixa.
Aquela área é quase um pólo gastronômico popular, com diversos bares e um belo podrão com wire less na praça. Mas, segundo o Léo, a noite o público muda, por isso prefira a hora do almoço.
Acho que essa semana vou trocar o celular, não dá para deixar meus leitores sem a visão magnífica daquelas costelas girando.
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A foto acima é antiga. Atualmente não há nenhuma indicação sobre o nome do botequim.
Amigos do Tauá
Rua Capanema esquina com a Professor Hilarião da Rocha
Carnes diversas assadas: R$30,00 o quilo (sábados e domingos)
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