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quinta-feira, 31 de março de 2011

Farol Lounge (antigo Farol da Ilha)

Abriu há poucos meses o Farol Lounge, no final da Praia da Bica, onde durante muito tempo funcionou o famoso Farol da Ilha.

O lugar não tem nada a ver comigo, freqüentado por playboys, música ruim (pagode, sertanejo e congêneres) e cerveja cara (R$5,00 uma longneck da Skol).

Enfim, quem se identificar com o lugar, segue abaixo vídeo com programação do espaço.





quarta-feira, 30 de março de 2011

Bolos de aniversario na Ilha do Governador

Atualização (ago/11): o bolo de cerveja também está sendo muito procurado para festas em bares e botequins.

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Semana passada foi o aniversário da minha digníssima e reunimos quase 50 pessoas no Boteco de Grife. O evento foi ótimo, todos amigos queridíssimos, boa comida e boa música. Foi perfeito.

O que fez muito sucesso foi o bolo decorado com três latas de cerveja que derramavam a cobertura (foto acima). Foi feito pela Janilda, boleira de grande criatividade, e custou R$90 para 40 pessoas.

Abaixo, o bolo que encomendamos para uma segunda comemoração no Leblon (R$55 para 20 pessoas) e fotos de outros exemplares que peguei no álbum do Orkut da Janilda. Quem quiser encomendar um e surpreender os amigos com um bolo diferente, os telefones dela são: 2465-3739 e 3087-4615.

Como bônus, o vídeo da minha digníssima cunhada que, mesmo improvisando com a banda e pegando no microfone depois de muita insistência da platéia, deu um show. Ela é vocalista de uma das principais bandas de blues do Brasil.

Os músicos foram Márcio Silva, Sandro Vales e convidados. Contato para shows: 8141-5472 e contato@marciosilva.com.br.



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Segundo bolo que encomendamos: R$55 para 20 pessoas





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Tags: bolo decorado cerveja garrafa bar botequim artesanal ilha do governador

segunda-feira, 28 de março de 2011

Rodízio de pizzas do Kilogrill

Se você quer comer uma boa pizza, o último lugar que você vai é num rodízio (na Ilha do Governador, que fique claro). Por isso não vou a um há alguns anos.

Outro dia, depois de uma ida frustrada até a Gávea para assistir uma peça de teatro (não houve apresentação no dia), e com uma fome inversamente proporcional ao meu saldo bancário, comer até estourar por R$10,90 (R$11,99 com os 10%) me pareceu uma boa idéia. Paramos no Kilogrill e aconteceu tudo que eu já esperava que acontecesse.

Pizzas medianas e somente nos sabores tradicionais passaram pela mesa. Fiquei com pena da garçonete, já que a cozinha ficava no segundo andar, obrigando-a a subir a noite inteira.

Na parede notei uma placa da Academia do Chope da Ambev, premiando o estabelecimento no ano de 2005. Esse certificado comprova a qualidade da bebida e são poucos bares que o possuem. Diante desse pedigree, resolvi experimentar, mesmo sabendo que o chope não é uma especialidade do lado de cá da Ponte Nova, conforme venho explicitando em diversas postagens. O chope chegou sem colarinho, provavelmente porque os clientes de lá assim pedem. A segunda rodada pedi na pressão, mas chegou tão fraco quanto o primeiro. O chope do Kilogrill está para o chope assim como o ki-suco está para o suco.

O buffet estava com uma cara boa. Não experimentei, mas talvez este seja o ponto positivo da casa, que ganhou em 2008 o prêmio do Guia Água na Boca do caderno Ilha dos jornais O Globo e Extra como melhor comida a quilo do bairro.

Resumo: pouco dinheiro + muita fome = rodízio de pizza. Não reclame da qualidade, ela certamente será muito baixa neste pacato bairro carioca cercado d'água por todos os lados.

Serviço

Estrada do Galeão, 1285 (perto da delegacia)
2462-3331 / 2462-4810

Moon Games com Laurent Laveder

Imagens do fotógrafo, jornalista científico e artista Laurent Laveder, que criou a série Moon Games. Muito bonito:




sábado, 26 de março de 2011

Macumba boa é macumba longe

No sábado de carnaval, dia do desfile do Bola Preta, lá fui eu com minha digníssimas para um centro em Santra Cruz participar da gira do Zé Pilintra. A família de consideração dela faz parte deste centro de umbanda, que também mistura muitas outras crenças, como o cristianismo e esoterismo.

Na sala onde são realizados os cultos existem, além das estátuas dos orixás, caboclos e demais entidades, imagens de Jesus Cristo e santos católicos. Uma pirâmide, símbolo exotérico, fica pendurada no teto, e quadros de diversos mestres de outras religiões ficam expostos nas paredes. Além disso, o altar possui pequenos tótens incas, objetos indígenas e itens de crenças de outros países.

Uma coisa que reparei é que, ao contrário da origem africana da umbanda, o centro é freqüentado quase que exclusivamente por pessoas brancas de classe média e média-alta da Zona Sul carioca. São advogados, médicos, profissionais liberais diversos com bons salários e alto nível educacional. Os negros de baixa renda estão presentes, mas não são mais que cinco porcento do total. Talvez algum atropólogo possa explicar porque houve essa mudança tão radical no perfil dos adeptos das religiões africanas, pelo menos por aqui.

O lugar é muito bonito, um sítio que durante a semana oferece diversos tratamentos espirituais comuns em instituições como essa.

A gira

A gira é uma cerimônia na qual os espíritos baixam nos médiuns do terreiro. Na umbanda e candomblé existem diversas falanges, que são uma espécie de grupo que reúne entidades com características semelhantes. São várias as falanges: Pretos Velhos, Caboclos, Exus, Crianças (ou Erês), Boiadeiros, Ciganas, Orientais, Mestres de Cura, Zé Pilintra entre outros.

Neste centro a gira do Zé acontece apenas no sábado de carnaval. A cerimônia é muito bonita, mas por falta de conhecimento muita gente acredita se tratar de um culto assustador, com sacrifício de animais e outros ritos desta natureza. Isso até acontece em alguns lugares, mas não lá. O centro é politicamente correto, com cerveja sem álcool, cigarros no lugar dos charutos e todo os materiais utilizados durante os trabalhos nas praias e cachoeiras são recolhidos.

Houve uma inovação na gira deste ano: o Boteco do Zé. Para a consulta, diversas mesas de bares foram dispostas em volta do templo, nas quais era possível pedir petiscos como batatas calabresas, linqüiça frita e bolinho de bacalhau, além de cerveja (sem álcool).

A consulta é uma conversa com a entidade, na qual ela te dá conselhos e orientações. Já fiz uma com um caboclo em um centro da Ilha, conforme já contei nesta postagem.

Já escrevi aqui muitas vezes que sou ateu até a raiz do cabelo, mas desta vez, ao contrário do que tenho feito nas minhas outras experiências religiosas, não vou citar os momentos nos quais identifiquei incoerências entre a prática e o discurso. 

Abaixo algumas fotos.


Maria Padilha comandando a festa do Zé Pilintra

Detalhe do altar

Maria Padilha

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eduardo Paes ferra moradores

Atualização (23 de março de 2011): Ricardo Gama, o autor do vídeo abaixo (publicado aqui em dezembro do ano passado), sofreu um atentado hoje em Copacabana. Ocupantes de um carro fizeram diversos disparos. Ele foi atingido por três tiros, mas passa bem (link).

O blogueiro e jornalista ficou conhecido por fazer críticas contra a Polícia Militar e o governo em seu blog.

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O vídeo abaixo, sobre o transtorno causado aos moradores de Copacabana por conta do show do Roberto Carlos, me levantou duas reflexões. Apesar de já terem sido debatidas em exaustão, não custa comentar:

As pessoas que se sentiram violentados pela atitude da Prefeitura avisam que recorrerão não à polícia ou qualquer outro órgão do governo, mas à imprensa. Isso mostra a falta de credibilidade das instituições públicas e o quão a divulgação de uma notícia negativa preocupa os homens públicos, que dependem da opinião popular para se manterem no poder.

Mas os meios de comunicação, assim como o governo, não são isentos e também possuem seus interesses. A Rede Globo, que teve os direitos de transmissão do show, faria o possível para que notícias negativas sobre o evento fossem divulgadas. Mas a internet mais uma vez dá a prova que não dependemos tanto dos veículos tradicionais para ter acesso a determinados conteúdos.

O melhor Carnaval de rua está na Ilha do Governador

No carnaval fui com minha digníssima ao Sargento Pimenta, bloco que toca músicas dos Beatles em ritmo de samba. Simplesmente insuportável, para conseguir ouvir era necessário enfrentar uma quantidade de pessoas por metro quadrado muito acima do meu limite. Não ouvi nada, para ir ao banheiro era um inferno, a cerveja tinha acabado em alguns ambulantes, só transtorno.

Em compensação fui para o Bloco da Ribeira no domingo seguinte ao carnaval e foi ótimo. Apesar de ter muita gente, as pessoas tinham espaço para brincar tranqüilamente. Muito menosprezada, a Ilha tem excelentes bandas e blocos que estão fazendo uma festa de primeira. Ouvi relatos que o Vermelho e Branco da Z10 também foi muito bom.

Abaixo algumas fotos e um pequeno vídeo que fiz. Que venha 2012, não sairei da Ilha durante a festa de Momo.

PS.: No sábado de carnaval fui numa festa do Zé Pilintra em Santa Cruz. Depois conto como foi.



A presidente interina do Bloco ao cento, Maria, e as duas princesas









segunda-feira, 21 de março de 2011

Segundo lançamento do Guia Carioca da Gastronomia de Rua

Para quem perdeu o primeiro, mas também para aqueles que não ficaram saciados, será promovido um repeteco do lançamento do "Guia Carioca da Gastronomia de Rua", agora no bairro de Laranjeiras. É no dia 1º de abril, mas é verdade!

No evento será exibido o curta "Na Boca do Povo", distribuído juntamente com o livro. E também terá degustação com os "chefs" personagens.

Clique para ampliar

domingo, 20 de março de 2011

Vitor Alli

O amigo e insulano Vitor Alli ficou conhecido na internet depois de produzir e estrelar o curta metragem Como Fazer um Curta Experimental, Cult e Pseudo Intelectual. O filme é muito bom, ganhou alguns prêmios e rendeu  convites para eventos de audiovisual Brasil afora.

Minha digníssima, que é atriz, gravou com ele outro curta, Eu Acho que Estou Perdendo Você. Trata-se do amor entre um homem (interpretado por ele) e uma zumbi (minha digníssima, com uma maquiagem assustadora de morta-viva), tendo como fundo a música homônima do Wando. Infelizmente ainda não foi lançado, mas tão logo seja certamente será publicado aqui no Ilhados.

Mais recentemente ele e dois sócios abriram uma empresa para produzir vídeos para internet, e o primeiro projeto acabou de ficar pronto. É o Gorette Gourmet Show, uma websérie nos moldes de um programa culinário que ensina a criar equipamentos cinematográficos com canos e outros materiais de fácil aquisição. O primeiro episódio você confere abaixo:



Sensacional. Vitor tem muito talento e um futuro promissor pela frente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ciclovias na Ilha do Governador

Há uns 15 anos eu costumava pedalar todos os dias, e aos domingos me reunia com um grupo no antigo Posto Sodinava para um passeio mais longo. O mínimo que íamos era até o mirante do Leblon, por vezes Barra, Grumari e Alto da Boa Vista.

Até hoje o Ciclistas da Ilha existe, mas agora com outras pessoas e com uma participação política que na minha época não existia. O grupo recentemente se legalizou, se transformando em uma associação legalizada, com CNPJ, livro ata, estatuto e associados registrados.

Essa mobilização, que tem como alguns dos articuladores os amigos e ativistas Sérgio Ricardo e uBiker, conseguiram uma grande vitória para a Ilha do Governador: o bairro consta na lista de implementação de ciclovias pela prefeitura neste ano.

Não foi fácil, eles elaboram um detalhado projeto, com fotos e mapas, foram até o subprefeito Victor Accioly, fizeram reunião com o subsecretário de meio ambiente Altamirando Moraes e representantes de diversos outros órgãos. Técnicos fizeram vistorias nas vias para ver a possibilidade de implementação e agora saiu a boa notícia:

A Ilha do Governador ganhará mais quilômetros de ciclovia ainda este ano!

Anel Cicloviário da Ilha do Governador

Depois do Terminal Pesqueiro, esta foi mais uma vitória da mobilização popular do bairro.

Quando tem que bater, a gente bate, mas não podemos nos furtar a agradecer o empenho da Subprefeitura e seu representante, Victor Accioly, neste projeto.

Para outras informações, visite o blog do uBiker e da Associação dos Ciclistas da Ilha

quinta-feira, 17 de março de 2011

Espaço Cultural da Marinha

Outro dia fui novamente ao Espaço Cultural da Marinha, centro cultural que fica na Praça XV. Levei um casal de amigos que nunca tinham ido ao lugar, apesar de ambos serem grandes freqüentadores de centros culturais, teatros e afins.

Além do museu tradicional (que infelizmente está reduzido apenas a uma exposição sobre os 30 anos da mulher na marinha), possui um navio, submarino, helicóptero e a Nau do Descobrimento.

Navio Museu
Pode-se entrar em tudo, inclusive no submarino:

Quer saber como é dentro do submarino? Vai ter que ir lá para conhecer
Se para os adultos conhecer o submarino por dentro é divertido, imagina para as crianças! Deixe de ser pregiçoso e leve seus filhos. Qualquer ônibus que sai da Ilha do Governador para o Centro deixa lá perto.

Helicóptero museu

Nau do Descobrimento
A Nau Capitânea tem uma particularidade: é uma réplica da embarcação de Pedro Álvares Cabral e foi construída para as comemorações dos 500 anos do Brasil. Deveria navergar de Porto Seguro até o Rio, fazendo diversas paradas no caminho, servindo no final para realização de passeios turísticos pela Baía de Guanabara. Por muitos erros no projeto, a embarcação não conseguiu sair do lugar. Infelizmente ela está sendo reformada e fechada à visitação, podendo ser observada somente de fora (saiba mais).

Passeio Marítimo e Ilha Fiscal

Também é possível fazer dois passeios excelentes, um para a Ilha Fiscal e outro pela Baía da Guanabara. Fiz os dois e comentarei em breve.

Serviço

O melhor de tudo é que a entrada é gratuita e fica a 5 minutos de caminhada do ponto de ônibus da Rua Primeiro de Março. Na Praça XV, logo embaixo do viaduto, existe um prédio do Centro Administrativo do Tribunal de Justiça. Uma pequena passagem de pedrestre ao lado conduz ao museu.

O passeio marítimo e a visita à Ilha Fiscal custam R$10,00 a inteira.

Funciona de terça à domingo, das 12 às 17 horas. O estacionamento também é gratuito, com acesso pelo mergulhão.

Rua Alfred Agache, s/nº, Centro

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aulas de música na Ilha do Governador


Já começaram as inscrições para as aulas de música na Ilha com o professor Alex Gomes.

Ronald Comissário

Tem um comissário da Webjet que está ganhando fama na internet por dar aquelas informações de segurança de uma forma, digamos, diferente. A figura é da Ilha e faz parte da ala de compositores da União.

Parece que o bairro está se tornando um celeiro de aviadores engraçadinhos. O comandante Sérgio Guidugli foi parar no Jô Soares por conta dos também curiosos avisos que dava da cabine. Infelizmente foi há muito tempo e não está no Youtube.



Para ver outros vídeos do Ronald, clique aqui.

terça-feira, 15 de março de 2011

A barbárie dos rodeios

Não sei como esse tipo de coisa ainda é permitida, é uma verdadeira barbárie. Dá vontade de fazer com eles a mesma coisa que fazem com os animais, mas aí nos tornaríamos tão vis quanto essas "pessoas".

O problema é que isso movimenta muito dinheiro e cantores de música sertaneja ratificam essa cultura da crueldade.


domingo, 13 de março de 2011

Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé

Ermida Nossa Senhora do Ó
A praia da ilustração acima, de 1580, atualmente é a Rua Primeiro de Março. A Praça XV está localizado em frente à capela, hoje Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. Não se sabe muito sobre sua origem, provavelmente construída sob promessa depois da expulsão dos franceses e da fundação da cidade.

No século XVIII, em um dia de festa, a ermida desabou matando alguns fiéis. Durante a restauração em comemoração aos 200 anos da chegada da família real, foram achados resquícios da antiga construção:

O chão da antiga ermida Nossa Senhora do Ó
Em 1761 foi inaugurada a nova igreja, desta vez maior, mais imponente e dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Tão logo chegou de Portugal, foi elevada à Capela Real por D. João VI, acessada pela realeza através da passadiços que ligavam o Paço ao convento das Carmelitas e à igreja.


A imagem acima retrata a Praça XV em 1808, ressaltando que só passou a ser chamada assim depois da Proclamação da República. Até então teve diversos nomes, como Largo do Carmo, Largo do Paço entre muitos outros. No destaque é possível ver a Igreja. No lado esquerdo, o convento das Carmelitas (atualmente pertencente à Universidade Cândido Mendes) e à direita a Ordem Terceira do Carmo. Em frente ao Morro do Castelo (demolido na década de 20), o Paço Imperial. No primeiro plano, o chafariz do Mestre Valentim.

Diversos eventos importantes aconteceram na Igreja Nossa Senhora do Carmo:

  • Os dois casamentos de D. Pedro I (com Imperatriz Leopoldina e D. Amélia), de D. Pedro II com D. Tereza Cristina e da Princesa Isabel com o Conde D'eu;
  • Batizado da Princesa Isabel e D. Pedro II;
  • Juramento da Primeira Constituição do Brasil por D. Pedro I em 12 de outubro de 1822;
  • Coroamento de D. Pedro I e II;
  • Elevação do país a Reino Unido do Portugal, Brasil e Algarves e de D. João VI como seu imperador;

Pia onde a Princesa Isabel foi batizada, ainda hoje utilizada

No início do Século XX, por intermédio do primeiro cardeal do Brasil e da América Latina, D. Joaquim Arcoverde, foram transferidas partes dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral:

Urna com restos mortais de Pedro Álvares Cabral

Na verdade, a urna contém terra tirada do jazigo da família Cabral em Portugal, não existe nenhum osso ou coisa que o valha, mas vale o folclore.

Durante a restauração de 2006 diversos itens de alto valor arqueológico foram achados. Um deles foi a armadilha contruída por índios contra os franceses, antes da fundação do Rio de Janeiro. Consistia em um fosso com diversas lanças cravadas em seu fundo.

Armadilha criada por índios antes da fundação da cidade
Diversas obras foram responsáveis por várias modificações na construção. Atualmente sua fachada é do início do Século XX.

Serviço

Excetuando a gravura de 1808, todas as imagens acima foram feitas por mim em uma visita guiada à igreja. Custa apenas R$5,00 e funciona de segunda à sexta, das 10 às 15h. Aos sábados o horário de funcionamento é de 11 às 14h. 

Qualquer ônibus da Ilha do Governador para o Centro deixa perto. Saia de casa e faça a visita guiada, leve seus filhos, vá com seus amigos. Pode até aproveitar e comer um acarajé da Ciça depois.

Saiba mais


sábado, 12 de março de 2011

Passeio ciclístico - 13 de março

Recebi o convite dos amigos Sérgio Ricardo e Alex Gomes, e do leitor Xicomenegha, para mais um passeio organizado pela Associação de Ciclistas da Ilha do Governador. Estarei presente no evento, deixando de lado o bota fora do carnaval com o Monobloco na Rio Branco.

Se você quiser me conhecer (ou atentar contra minha vida), basta procurar um garboso rapaz de porte atlético e cabelos cacheados guiando uma máscula ceci rosa. Só quero saber como vou conseguir chegar em casa depois de beber algumas no encontro dos blocos.


Passeio ciclístico dia 13 de Março

É o tradicional passeio da ACIG, a concentração está marcada no Aterro do Cocotá (Parque Poeta Manuel Bandeira - Ilha do Governador) às 8h, com saída prevista para às 8h30.

O roteiro é em sua maioria só da orla insulana, alertamos a importância do uso do filtro solar, o passeio conta com duas paradas para distribuição gratuita de água é um evento livre para todas as idades, desde que os menores de 14 anos estejam acompanhados dos seus respectivos responsáveis.

Atenção foliões:

Excepcionalmente, este passeio vai terminar na Praça Iaiá Garcia, na Ribeira, onde vamos passar a acompanhar o encontro dos Blocos de Carnaval da Ilha.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Chopperia Zero Grau Ilha do Governador

O que faz uma choperia ser uma choperia? Eu diria produção própria da bebida ou, no mínimo, um local onde ela pode ser degustada de forma diferenciada, com alto padrão de qualidade. A Choperia Zero Grau do Guarabú não é nem uma e tampouco outra.

Já expliquei em diversas postagens os motivos pelos quais raramente bebo chope (leia o chope e o colarinho). O primeiro motivo é o preço, acho muito caro pagar uma média de R$4,00 por uma tulipa. O segundo é a péssima qualidade da bebida servida por aí. Estou preparando um texto sobre o Bar Luiz, estabelecimento centenário onde surgiu o hábito de beber cerveja, já que antes o carioca bebia vinho e cachaça. É uma casa de origem alemã que fica na Rua da Carioca e serve o melhor chope do Brasil. Em breve contarei um pouco dessa história.

Voltando à Zero Grau, outro dia minha digníssima e eu estávamos com preguiça de preparar o almoço e resolvemos conhecer o restaurante. Eles já possuem uma casa na Vila da Penha e recentemente abriram outra no lugar do falecido Âncora, Ribeira. Como não era uma ocasião especial, queríamos apenas almoçar, pedimos pratos executivos.

Chopperia Zero Grau da Rua Sargento João Lopes

A decoração é simples, lembra restaurantes de beira de estrada. Escolhi lula à dorê com purê de batatas (R$21,00) e minha digníssima pediu strogonoff de carne (R$17,00). O strogonoff, apesar da carne de boa qualidade e da grande quantidade de champignon, não tinha nada demais. Feito com arroz parboilizado, parecia aqueles que fazemos em casa para uma refeição rápida.

A lula também não tinha nenhum atrativo. Mal empanada, não chamou atenção em nada.





Almoço executivo de lula à dorê: R$21,00

Além de petiscos, a casa também possui pratos a la carte com frutos do mar, carne, frango e risotos. Os preços são altos, pela qualidade que percebi no almoço não me arriscarei a voltar lá e experimentá-los.

Por fim, o chope também é fraco. O colarinho se desfez em pouco tempo, além da grande quantidade de bolhas que se formaram na tulipa, fazendo com que a bebida perdesse o gás.

A única coisa que gostei muito foi a pimenta. De forte paladar e baixa acidez, era temperada com azeite, alho, louro e outros condimentos que davam cheiro e sabor muito agradável.

Pimenta perfeita, sem correções
A conta foi R$50,00. Por esse valor é possível pagar uma excelente refeição para quatro pessoas no Trem do Norte.

Chopperia Zero Grau
Rua Sargento João Lopes 836
3386-6420

quarta-feira, 9 de março de 2011

Telefones de farmacias e drograrias da Ilha do Governador

Seguem alguns telefones e endereços de farmácias e drogarias da Ilha do Governador:









Drogarias Pacheco
Central de entregas: 3112-9999

Rua República Árabe da Síria, 455 loja A
2465-9724 / 2465-9720

Rua Capitão Barbosa, 698 loja B
3363-6116 / 3366-4325

Estrada do Galeão, 646 loja B
3363-6319 / 2466-7337

Estrada da Cacuia, 231 loja C e D
3366-4378 / 3363-7173

Avenida Paranapuan, 1472
3975-5440 / 3368-2364

Rua Cambaúba, 1187 lojas B e C
2462-3792 / 3975-1800

Drogarias Viver Bem
2466-2000 / 2466-2828
Rua Cambaúba, 1404 - Loja B

Drogaria Cristal
3393-5000
Estrada do Galeão, 2791

Drogapax
3393-1033
Estrada do Galeão, 1401

Droga News
2467-3000 / 2467-8783 / 3393-3000 / 3393-2636
Rua República Árabe da Síria, 363

Drogaria Boa Saúde
2466-9014 / 3396-2015
Rua Comendador Bastos, 172 - Freguesia

Drogarias Max
2467-7000
Rua Maldonado, 293 - Ribeira

Hiper Farma
3393-0000
Estrada do Galeão, 1800







terça-feira, 8 de março de 2011

Só quero mijar em Paes

O alemão Ernest Ebel (...) observou que a sujeira nas ruas cariocas era consequência da falta de educação do povo e não do descaso do governo brasileiro, que se empenhava em transformar a cidade numa verdadeira capital, nos moldes europeus (...).

O relato acima poderia ter sido escrito por um estrangeiro depois de freqüentar um bloco de carnaval do Rio de Janeiro, mas não, foi escrito em 1824 (fonte). Os hábitos higiênicos do carioca sempre foram motivo de muita discussão, e isso pode ser visto nos relatos dos viajantes que aportaram por aqui a partir do século XIX, principalmente depois da chegada da família Real.

Realmente a cidade era uma imundície, estou lendo alguns livros sobre a história do Rio e a população vivia ininterruptamente com doenças conseqüentes de uma vida insalubre, sendo as mais comuns a varíola, febre amarela, peste bubônica e tuberculose. 

O que também sempre foi constante é a briga entre o poder público e a população numa tentativa de mudar esses hábitos. Um dos prefeitos mais combativos nesse sentido foi Pereira Passos, que, por ordem do federal, mandou vacinar a força os cariocas, resultando na Revolta da Vacina. Veja chamada da Gazeta de Notícias de 14 de novembro de 1904:

Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz.

O centro da cidade virou um campo de batalha, lojas destruídas, troca de tiros, 50 mortes, estado de sítio.


Caça aos mijões

Atualmente a história se repete, com a forte fiscalização da prefeitura para impedir que as pessoas urinem nas ruas. A irreverência, sempre presente em todos os momentos da história carioca, também se faz presente, conforme pode ser visto na placa abaixo:


A GMR (Guarda Municipal do Rio) está sendo chamada de Guarda Manja Rola, que fica procurando os mijões pelas ruas no lugar de proteger a população da atuação de batedores de carteiras e outros delinqüentes.

Talvez, num futuro próximo, assim como olhamos os hábitos higiênicos do Rio no século XIX com asco, olharemos para o ano 2011 do mesmo jeito, imaginando como era horrível urinar nas ruas.

Mas o fato é que não existem banheiros públicos suficientes para atender satisfatoriamente os foliões. Eu mesmo, ontem, fiz na rua duas vezes, e não tenho nenhum constrangimento em dizer isso e repetirei o ato caso seja necessário.

Não vou entrar nesta discussão, a falta de estrutura para o carnaval é fato, só queria fazer essa ligação da confusão causada pela atual repressão aos mijões com a história do Rio.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Bar do Waltinho e Colônia Z10

Certa vez recebi da leitora Vânia a recomendação de visitar o Bar do Camarão na Colônia Z10. Até publiquei aqui as fotos do peixe que ela comeu. Finalmente lá fui com minha digníssima e o amigo Vitor Alli, mas infelizmente estava fechado. Para não darmos viagem perdida, sentamos no Bar do Waltinho e não nos arrependemos.

Se a Ilha do Governador já parece uma cidade do interior, na Colônia Z10 essas características são ainda mais ressaltadas. Há muito tempo não passava lá, só agora quando voltei a pedalar pelo bairro lembrei o quanto o local é agradável. Como não podia deixar de ser, uma das minhas primeiras lembras da Colônia foi gastronômica: uma peixada na associação de moradores que fui quando adolescente.

Colônia Z10

A atividade pesqueira ainda é forte na Colônia. Diversos pescadores ainda moram no local, conforme pode ser visto abaixo. Para chegar, é preciso atravessar uma pequena ponte onde só passa um carro de cada vez, e o visual é esse: 

Barcos dos pescadores da Colônia
Lá dentro, uma praça com calçamento de paralelepípedos, um campo de futebol, árvores, uma igrejinha, em volta diversas mesas dos bares e pessoas papepando. Um lugar traqüilo, sem aquele barulho frenético de carros.

As ruas internas não possuem calçadas e são cobertas por um concreto com uma canaleta no centro para escoamento das águas pluviais. Os veículos circulam devagar entre crianças e pedestres. Casas simples coladas umas as outras, além de pequenos comércios que vendem produtos do dia-a-dia.

Igrejinha da  Colônia Z10
Depois de estacionar, perguntei a um cidadão, com olhos vermelhos e levemente alcoolizado, onde ficava o Bar do Camarão. Ele, muito gentil, fez questão de levantar e nos guiar até o bar. Comportamento típico de cidade pequena, e no caminho foi nos mostrando outros estabelecimentos onde também era possível comer bons peixes. Como o Camarão estava fechado, ficamos no Bar do Waltinho.

Abrimos com a corvina abaixo. Não lembro o preço, mas acho que custou R$23,00.

Corvina do Bar do Waltinho
Depois a meia porção de sardinha:

Meia porção de sardinha
Todos lá são gentis, até os convivas da mesa ao lado que nos ajudaram a achar cadeiras para sentarmos. A Sônia, que comanda a casa junto com o Walter, nos tratou muito bem.

E esse foi apenas um bar, existem muitos outros em volta da praça e nas ruas internas. Certamente voltarei lá para conhecer o Bar do Camarão, e tão logo fizer conto para vocês.

Abaixo é possível fazer um tour virtual por algumas ruas da colônia Z10. Basta clicar nas setas que orientam a direção da rua ou em algum outro ponto para dar zoom.


Exibir mapa ampliado

domingo, 6 de março de 2011

Pão e carnaval

A jornalista Rachel Sheherazade, de um telejornal da Paraíba, fez uma análise sobre o carnaval que está gerando muitos comentários na internet. Acho importante sempre tomarmos conhecimento de mais de um lado das notícias, por isso publico abaixo o vídeo.

Pequeno resumo do que ela disse:

- As festas de carnaval nas cidades brasileiras são custeadas com milhões de reais dos cofres públicos enquanto uma massa de devalidos sucumbe sem ter o que comer e com hospitais e escolas caindo aos pedaços;
- Em Salvador quem não tem R$800,00 para pagar por um abadá fica fora da festa, ou seja, não é uma festa popular, muito pelo contrário;
- Apenas uma pequena quantidade de gente ganha dinheiro com a festa, sendo eles empresários e poucos artistas baianos;
- Enquando no carnaval existem policiais e ambulâncias disponíveis para atender aos foliões, no resto do ano a população sofre com o total abandono das ruas, insegurança e indisponibilidade de veículos para transporte de doentes.

O que você acha?

sábado, 5 de março de 2011

Trem do Norte


Quando minha digníssima estacionou o carro e vi que o nome do restaurante era Trem do Norte, comecei a listar os pratos que poderia pedir para o almoço, diante de um olhar de reprovação: pato no tucupi, tacacá, maniçoba...

- Maniçoba não! Maniçoba a gente não come em lugares que não conhecemos! Retrucou minha digníssima.

Cabe aqui uma rápida explicação: maniçoba é um prato típico do Pará que consiste em folhas de mandioca cozidas por uma semana, com carne de porco, bovina entre outros ingredientes. É conhecida como feijoada paraense, e o longo período de cozimento é para retirar todo o ácido cítrico da planta, que é extremamente venenoso.

Mas, ao contrário do que o nome sugere, aquele trem é nordestino, o que acabou com minha minha chance de comer o perigoso prato e outras delícias do Pará e Amazonas. Mas tudo bom, o nordeste nunca me decepcionou.

Como gosto daquela região! Para quem é de lá, comer bem é comer muito. Fiquei pensando em um texto que explicasse essa relação mas a tarefa é cruel depois que Lira Neto já fez isso de forma maestral. Reproduzo abaixo um trecho de uma postagem publicada em seu blog:

Na canção "Respeita Januário", no momento em que Gonzagão entremeia a melodia com hilários trechos falados, ele sapeca a observação, a respeito de si mesmo: "Tá gordo que parece um major". É tão engraçado quando definidor de um traço de cultura ancestral e genuinamente nordestino: no sertão, a prosperidade do sujeito é avaliada pela circunferência da pança.

Talvez venha daí o estereótipo do coronel sertanejo como um indivíduo balofo, a barriga proeminente de latifundiário saltando por baixo do paletó de casimira branca. Talvez, também, o conceito que associa a riqueza à gordura - e a magreza à miséria - emane de certas cenas brutais que nos acostumamos a ver e que até hoje, infelizmente, permanecem atuais: a cada estiagem na região, levas de retirantes esquálidos vagando ao léu, sem terra, sem tostão e sem chuva. Gente reduzida a pele e ao osso. Por isso, quem sabe, para o bom nordestino, contrariando o que dizem os especialistas preocupados com a verdadeira epidemia de obesidade que ora assola o país, gente é igual a boi: quando mais gordo, mais bonito.

O Trem do Norte mantém essa tradição que tanto aprecio, porções generosas que sempre alimentam o dobro das pessoas informadas no cardápio.

Para abrir o apetite (acreditem, por mais fome que você tenha, ele sempre vai precisar ser "aberto" quando for lá) pedimos capirinhas. Achávamos que viriam naqueles copos baixos que costumam servir refrigerantes, mas dá uma olhada:

Caipirinha long drink do Trem do Norte

Elas vieram em copos long drink e com uma apresentação muito boa, sem falar no sabor que estava incorrigível. 

Depois desta ótima primeira impressão, fomos escolher o almoço. As opções são bem tradicionais: feijoada, costelinha de porco, peixes, churrasco, caldos e carnes diversas entre outras. Escolhemos baião de dois com carne seca, que segundo o simpático garçom, sempre é melhor que carne-de-sol. Infelizmente o aipim tinha acabado (é estranho um restaurante nordestino não ter aipim, mas o movimento do final de semana deve ter sido muito grande), por isso a porção veio com batatas fritas.

Porção para duas pessoas de baião de dois: R$29,00

Duas pessoas nada. Comemos satisfatoriamente e levamos o resto para casa. Como é uma refeição de digestão demorada, só fomos jantar às 11 da noite e novamente ficamos satisfeitos.

Fiz questão de cumprimentar a todos no final. Falei com a cozinheira, com o caixa que fez as caipirinhas e com o garçom bonachão que tão bem nos atendeu. Foi bacana, acho que eles não estão acostumados com clientes assim. Quando você for lá, faça o mesmo, eles merecem.

Serviço

Baião de dois com carne seca para duas pessoas: R$29,00
Caipirinha de cachaça: R$5,50
Na hora do almoço são servidos PFs por R$10,00.

Praia da Guanabara, 673 - Freguesia - Ilha do Governador


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quinta-feira, 3 de março de 2011

Porcarias nossas de cada dia

Se não for por um acidente, tenho plena consciência que morrerei pela boca, ou seja, em conseqüência da alimentação. São comidas com alto teor de gordura, sódio e outros produtos que me matam um pouco a cada mordida, que um dia entupirão minha veias e artérias ou me darão um câncer de presente. É triste, mas é a pura verdade.

Estamos a anos luz de distância da Europa, cujos supermercados vendem a maior parte de produtos orgânicos e a carne vai deixando de fazer parte do cardápio.

Mas a cultura no Estados Unidos é tão ou mais venenosa que a nossa. Jamie Oliver, um dois chefs mais famosos do mundo, realizou a mesma experiência em diversos países: reuniu um grupo de crianças numa cozinha e mostrou como os nuggets são preparados. Uma massa frita nojenta feita com pele, ossos e cartilagens do frango. Na Europa as crianças recusaram o petisco depois de pronto, já no estaites...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Assalto no Lig Lig

Outro dia estava conversando via e-mail com uma leitora, a Marjorie, sobre os problemas da Ilha e onde podemos reclamar. O papo foi bem bacana e as orientações irão render uma postagem para quem quiser participar mais ativamente da vida do bairro.

Ela também contou que escolheu alguns restaurantes para conhecer com seu digníssimo e que iria me mandar suas impressões, que seriam compartilhadas aqui no Ilhados. Pois bem, o primeiro seria o Lig Lig, restaurante chinês ao estilo do China in Box, mas, infelizmente, eles não tiveram oportunidade de experimentar a comida de lá.

Ao entar no estacionamento do restaurante, de um focus prata saiu um meliante armado e com uma touca ninja cobrindo o rosto e assaltou o casal. Levou tudo: carro, documentos, dinheiro, jóias, chaves de casa. As pessoas que estavam no salão assistiram a tudo mas ninguém podia fazer nada.

Na delegacia, outras vítimas do mesmo bandido prestavam queixa. Marjorie contou que foi muito bem atendida pelos policiais, que se sentiu em um país de primeiro mundo. Então parabenizamos publicamente o atendimento do pessoal da 37º DP, que foi o inverso do que costumo ouvir.

Fica o alerta. Não acredito que tenha sido um problema do Lig Lig, talvez o assaltante já estivesse seguindo o casal e o fato deles entrarem no estacionamento tenha sido apenas mero acaso.

Quanto ao Lig Lig, ainda não conhece e pretendo ir em breve. Não podemos deixar estas notícias abalarem nossa rotina, e é isso que Marjorie e o marido estão fazendo. Depois do ocorrido, chegaram em casa e riram de tudo. Mas isso não siginifica que devamos nos acostumar com a violência e tampouco assumir comportamentos de risco, como freqüentar lugares com altos índices de criminalidade, mas acho que esse não é caso do restaurante.

Estrada do Galeão, 574 - Cacuia - Ilha do Governador
3386-7599 / 3386-7618


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terça-feira, 1 de março de 2011

Acarajé da Mainha

Atualização (set11): a Mainha não vende mais acarajés no ponto abaixo.

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Desde moleque, quando passava pelo Moneró, via uma barraca de acarajés dentro de uma garagem de uma casa perto do antigo restaurante Gruta da Ilha. Naquela época eu não conhecia este que é o meu quitute favorito, por isso nunca dei muita importância.

Agora, voltando a andar de bicicleta, lembrei da barraca e resolvi passar por lá para ver se ainda existia, e, para minha felicidade, existe. A garagem/bar/restaurante ficou alugada por três meses e voltou às mãos da Mainha justamente no dia que visitei. Esse curto período foi o único em que essa baiana de Salvador não comandou a cozinha da casa, há 11 anos no mesmo local.

Além do famoso bolinho, Mainha também vende bobó de camarão, muqueca, angu, carne de sol e outros pratos baiano, mas o cardápio completo só voltará depois do carnaval. Por enquanto, só acarajé e cerveja gelada, o que, na minha opinião, é mais que suficiente.

Ela e a filha Jaciara são extremamente simpáticas e recebem a todos com um grande sorriso. O fato do restaurante funcionar na própria residência é um diferencial, os clientes são tratados como amigos que apareceram para prosear, tornando o local muito aconchegante.

O acarajé é de primeira, dá uma olhada:

Acarajé da Mainha que comi. Delícia!

Perfeito, é frito na hora de acordo com todas as tradições que envolvem o quitute. Só matéria-prima de qualidade, reparem a cor dourada do bolinho.

Atenção moradores da Ilha do Governador que nunca provaram a bola de fogo: esse é o lugar.

Conheça também o Acarajé da Rose.

Serviço

De quarta a sábado, das 17 horas até enquanto tiver movimento, por volta da meia-noite.
Estrada do Dendê, 1000 (é a casinha amarela abaixo)


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