Toda ascendência paterna da minha digníssima é alemã. O avô dela lutou na Segunda Guerra operando rádio nos aviões nazistas, e a família ainda guarda algumas relíquias da época, como medalhas de bravura e outros itens da farda. As histórias são sensacionais, certamente dariam roteiros para filmes do Spielberg. Além disso, o velho Opa tinha como hobbie a fotografia e a cinegrafia, chegando a registrar, inclusive, Hitler. Infelizmente, boa parte deste material foi perdida num desabamento.
O fato é que ganhei do meu sogro uma belíssima caneca de Heidelberg, cidade onde ele cresceu. A caneca de porcelana e tampa de estanho, ou tankard, retrata uma curiosa história. No centro é possível ver o Castelo de Heidelberg, construído na Idade Média e parcialmente destruído pelo Rei Luiz XIV da França no século XVII.
Perkeo no detalhe |
No lado direito do tankard, o grande barril. Com capacidade para 221 mil litros de vinho, é o maior do mundo. Construído em 1751, possui na sua parte superior um palco onde ficavam os músicos durante os festejos. O barril ainda existe, mas apenas como peça histórica, em exposição para turistas dentro do castelo.
No lado esquerdo, uma imagem do anão Clemens Perkeo, bufão da corte e símbolo da bebedeira. Era obrigado a beber 15 garrafas de vinho por dia, caso contrário seria açoitado.
Abaixo, algumas imagens atuais da cidade de Heidelbert.
Barril de Heidelberg (fonte da imagem) |
Castelo de Heidelberg (fonte da imagem) |
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