Certa vez estava com minha digníssima quando passamos em frente ao McDonald's. Externei minha vontade em comer um Big Mac e tive a mesma resposta dela. Imediatamente fizemos o retorno e entramos no drive thru.
Depois fiquei pensando porque tivemos o desejo mútuo em ir a famosa rede de fast food e cheguei a uma conclusão: passei o dia sendo bombardeado por publicidade, comerciais na televisão, outdoors, totens, abrigos para ônibus entre outros. A noite, tudo que eu queria era um Big Mac.
Apesar de ter formação em marketing, trabalhar com comunicação e ler bastante sobre o assunto, sou um pouco menos influenciado pela indústria da publicidade do que as outras pessoas, mas mesmo assim é difícil lutar contra budgets de bilhões de reais.
Em outra ocasião fui forçado a comprar outro produto que não costumo consumir, um sorvete com pedaços de pêssego. Novamente o caminho que me levou à padaria foram vários anúncios, televisão, revistas, cartazes e testeiras no metrô.
Confesso que me senti violentado pelo McDonald's, colocando para dentro do meu corpo um tipo de alimento que não faz parte da minha dieta, mas agora achei um jeito de revidar. A imagem abaixo foi retirada do site do Adbusters, instituição ativista dos Estados Unidos que luta contra qualquer tipo de publicidade.
O mais impressionante é que posso ser acusado de uso ilegal de propriedade intelectual, no caso, o palhaço. Eles podem fazer o que querem comigo, mudam meus hábitos, meus valores, pegam meu dinheiro, me violentam, e a lei os protege. Não podemos transformar ao nosso modo a mensagem que recebemos, ou seja, o palhaço é intocável.
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