É com muita tristeza que anuncio a morte do Rio de Janeiro como capital cultural do Brasil. Desde a fundação do país, a cidade exportava a forma de vestir de seus cidadãos, suas gírias, músicas e hábitos sexuais não convencionais. O lixo que antes empurrávamos goela abaixo dos outros, agora degustamos ao nosso bel-prazer.
Já tenho notado essa transformação há algum tempo, mas me recusava a aceitar. Outro dia, ao passar em frente ao Planeta da Ribeira, fiquei impressionado com todo o salão do bar cantando uma música sertaneja que eu nunca tinha ouvido antes. Numa festa de aniversária da filha de uma amiga pude presenciar novamente este fenômeno. Adultos, com nível superior e filhos, sabiam de cor as letras do Luan Santana, com pulmões estufados recitando seus tristes sucessos.
Balada, feijuca, churras, minas, brejas, sussa, rolês e buzão são estrangeirismos incorporados ao dialeto carioca, que já foi sinônimo de malandragem e arma eficaz para comer a mulherada do interior.
Que triste fim para o Rio de Janeiro.
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