Quando comecei a dar minhas primeiras voltas de bicicleta pela Ilha do Governador, ainda moleque, me chamava a atenção a faixa de pedestre pintada toscamente em frente a um bar no Bananal. No poste, uma placa avisava os incautos: Cuidado! Travessia de bêbados. A faixa não está mais lá, mas a placa continua alertando a presença de ébrios na rua.
Não vi a data de construção do imóvel, mas aparenta ser do início do século XX. O bar Travessia de Bêbados funciona desde a década de 70 e atende principalmente moradores do entorno. Durante a semana vende apenas bebidas e algumas vezes um peixe ou outro petisco que sobrou do final de semana.
Passei por lá numa terça-feira e dei a sorte de conseguir experimentar bolinhos de bacalhau. Confesso que diante da simplicidade da casa e da falta de outros clientes, achei que os bolinhos não viriam gostosos, mas, por sorte, estava errado. A porção com doze (R$10,00) estava com uma fina casquinha crocante e recheio macio. Gosto dar uma mordida no bolinho e fazer um buraco com o dedo no meio, que encho com azeite.
O bar já figurou entre os melhores da cidade na quinta edição do Rio Botequim, de 2004, com destaque para o proprietário, Edir Carvalho, sempre visto jogando um carteado com os clientes, a cerveja gelada e os peixes fritos em porções fartas e baratas. Some a esses itens e clima de interior da região, com suas antigas construções, barcos de pescadores na praia e pouco movimento na rua. Tudo isso a 30 minutos de carro do centro do Rio.
Bar Travessia de Bêbados
Praia da Guanabara, 1101 - Freguesia - Ilha do Governador
Cerveja: R$4,00 / Porção de bolinho de bacalhau: R$10,00
Fachada do Travessia de Bêbados e a mesa onde fiquei |
Buraco cheio de azeite no bolinho de bacalhau |
Cerveja e a porção de bolinhos de bacalhau |
Cerveja e a porção de bolinhos de bacalhau. Dez reais com doze unidades |
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