Durante o pior período econômico que a Argentina tem vivido, final da década de 90, trabalhadores começaram a ocupar fábricas fechadas e as colocaram de volta a funcionar. Sem patrões, todos os trabalhadores eram responsáveis pela gestão da produção. Com o sucesso das primeiras empreitadas do gênero, outras indústrias foram ocupadas e grandes batalhas policiais e judiciais foram enfrentadas por pessoas que tudo que queriam era poder alimentar suas famílias com a força de seu trabalho.
Tomei conhecimento dessas ocupações através dos artigos e livros de Naomi Klein, jornalista e ativista canadense que gosto muito. Ela também produziu o documentário The Take (A Tomada, tradução minha), que me levou às lagrimas ao ver o que aquela gente foi capaz de fazer diante de um governo que só beneficia os ricos.
No Brasil temos uma experiência do tipo com a Flaskô, gerida desde 2003 sem um dos pilares do capitalismo, o patrão. Foi personagem de uma reportagem da revista Caros Amigos (sou assinante) e pode ser lida parcialmente aqui.
Esse tipo de gestão tem se mostrado muito eficiente e, além de fornecer salários acima do praticado no mercado aos seus empregados, o lucro é utilizado na melhoria da produção e em benefícios para a comunidade, como cursos profissionalizantes, centros culturais entre outras atividades. Não sou comunista, mas o capitalismo está ajudando a afundar o mundo e esse modelo tem se mostrado uma alternativa.
Esta introdução foi apenas para mostrar o chocolate que ganhei de uma amiga de uma recente viagem à Venezuela.
Chocholate venezuelano feito em fábrica socialista |
Ao contrário das experiências em outros países, na Venezuela o governo de Hugo Chávez incentivou a criação destas indústrias. Através de um processo de recuperação de empresas falidas, desapropria-as e entrega sua gestão aos seus funcionários. Já são diversas em funcionamento nos mais variadores setores da economia.
Sou apoiador de Hugo Chávez e todos meus amigos que criticam o governo tem como únicas fontes de informações O Globo e o Jornal Nacional. Antes de qualquer coisa, assistam o documentário A Revolução Não Será Televisionada.
Gosto de boas histórias, principalmente as verídicas. Meus livros preferidos são os não ficção, já que muitas vezes a realidade supera a mente dos mais criativos escritores. Por isso resolvi contar um pouco da história da fabricação deste chocolate ao invés de me prender às características palatáveis do produto.
Saiba mais sobre as empresas socialistas da Venezuela aqui.
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