Outro dia li a resenha de um artigo do Huffington Post sobre o motivo da minha geração ser tão infeliz. Fiquei muito surpreso porque já tinha notado o quanto as pessoas a minha volta estão insatisfeitas com as vidas que levam, muita gente que conheço precisa de terapia e remédios para conseguir levantar de manhã e fazer as coisas que precisam fazer.
Tirando os problemas químicos que alguns cérebros apresentam, a maior parte desta insatisfação está ligada ao trabalho, gente fazendo coisa que detesta para ganhar dinheiro, o que faz com a sexta-feira seja sempre comemorada como uma carta de alforria.
Junte a isso a irresponsabilidade de médicos psiquiatras financiados pela indústria farmacêutica que receitam remédios para comportamentos normais, incrementando ainda mais os números de doentes.
Eu posso dizer que sou uma pessoa feliz, trabalho com coisas que gosto e conheço muita gente, é o que me basta. O curioso é que meus amigos que também se consideram felizes são os ligados à bicicleta, são aqueles que gostam de pedalar.
Invasão da Perimetral. Felicidade em um dos estados mais puros. |
Outro dia invadimos a Perimetral. Não foi nada demais, só um bando de maluco que resolveu pedalar em um local proibido. Quando passamos pelo guarda cuja função era não deixar ninguém passar, todos fomos tomados por um estado de euforia tão grande, risadas, gargalhadas e gritos. Foi a felicidade num dos estados mais puros da já senti. Tudo isso de graça e por causa de uma coisa tão simples.
Reconheço que o mundo é um lugar cruel, mas é possível ser feliz e ao mesmo tempo não se acomodar. Na foto acima somos todos ativistas, estamos diariamente na luta pela transformação desta bola fedorenta chamada Terra num lugar melhor, mas fazemos isso com alegria porque acreditamos que nossos esforços não são em vão.
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