Outro dia, a batata frita de Marechal Hermes ganhou o título de Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro concedida pelo governo do Estado. Diante deste feito, o jornal O Dia entrevistou algumas pessoas para saber, na opinião delas, quais outros pratos mereceriam tal honraria.
Eu aproveitei para ficar matutando sobre qual petisco eu escolheria e cheguei a duas conclusões: o pão de alho do Sat's e o steak tartare do Bar Lagoa.
Aproveitando o sábado de sol, fui pedalando até a Lagoa e dei a sorte de conseguir uma mesa na calçada. Sob as sombras das árvores e com o maciço da Tijuca ao fundo, pedimos o tartare, que é filé mignon cru moído na faca, misturado com diversos temperos (salsinha, pimenta do reino, cebola, mostarda escura) e uma gema de um ovo também cru (vídeo abaixo).
De especialidade alemã e inaugurado em 1934 com o nome Bar Berlim, a casa teve que mudar de nome durante a Segunda Guerra para evitar retaliações que estabelecimentos germânicos estavam sofrendo, inclusive com depredações. O Bar Luiz, na Rua da Carioca, então Bar Adolf, também teve que ser renomeado.
O predinho art déco de três andares na Avenida Epitácio Pessoa, uma das mais caras da cidade, teve que ser tombado pela prefeitura para evitar que ele fosse derrubado e que se levantasse um prédio no local, acabando com um estabelecimento tradicional do Rio.
Apesar da localização e do charme, nem é tão caro quanto parece. O chope por R$9,00 e o steak por R$82,00. A porção de gurjão de peixe com molho tártaro por R$54,00. Navegue pelo cardápio porque qualquer prato pedido ali é certeiro.
O Bar Lagoa fica na Av. Epitácio Pessoa, 1.674. Dá para ir andando do metrô (Praça Nossa Senhora da Paz).
Quem quiser pode fazer uma visita virtual na casa pelo Google.
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Gurjão de peixe com molho tártaro |
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Steak tartare com torrada |
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